sábado, 31 de dezembro de 2011

ABRA ESPAÇO PARA O NOVO!


Pratique o desapego, descartando objetos, situações e hábitos - abra espaço para o novo!
Descartar parte de sua vida pode revelar tantas coisas com relação a si mesmo quanto várias sessões de terapia. Aquilo que você guarda e o que joga fora, o que compra ou deixa de comprar, é um espelho que reflete fora, o que você pensa e sente por dentro.
No livro Jogue Fora 50 Coisas, a americana Gail Blanke treina a prática do desapego de forma inteligente - aconselha a manter três sacos pretos com as etiquetas: vender, guardar e doar.Mas por que nos apegamos a tantas coisas?
Segundo Deyan Sudjic, diretor do Museu de Design de Londres, "os objetos são o que usamos para nos definir e para sinalizar aos outros quem somos".
"Sapatos, automóveis ou a decoração da casa são elementos através dos quais exteriorizamos nossa personalidade, tanto quanto ajudamos a construí-la", afirma a psicóloga Maria Cândida do Amaral.
Gail também, avisa que ao jogar as coisas fora, em algum momento entramos em contato com um inimigo oculto: nossas crenças - é que elas se ancoram em meias verdades. Ter medo de descartar algum objeto caro apenas pela idéia de que nunca mais se poderá comprar outro igual é uma delas.
Se os homens das cavernas colecionavam clavas, hoje as opções se ampliaram consideravelmente: é só a gente passar num shopping center para se certificar disso. Mas segundo o inglês John Naish, autor de Chega de Desperdício, nossos ancestrais tinham muito mais clavas, flechas, facas ou enfeites do que necessitavam. E pelas mesmas razões de hoje: por prazer. Também, para impressionar os outros e ganhar prestígio social dentro da tribo. No Neolítico, ser rejeitado pelo grupo significava morrer. E não pense que você está imune a isso. Mesmo para aqueles que optaram por uma vida mais simples, o desejo de impressionar pode continuar latente por debaixo do pano.
O mestre espiritual Gurdjieff fala que somos movidos pelas associações emocionais que fazemos com pessoas, situações e coisas. Isto é, uma xícara não é só uma xícara, mas uma herança da tia Elza. A identificação com essas associações, nos impedem de ver a realidade como ela é, onde as coisas são apenas coisas, sem valor intrínseco. Segundo Gurdjieff, desde que vista conscientemente, a associação não atrapalha mais e tudo pode mudar. Pelo menos ficamos livres de coisas que atravancavam o caminho. (mdemulher.abril.com.br/bem-estar)